A lei, a carne e o Espírito – Como conciliar tudo isso?
Nesse estudo veremos A lei, a carne e o Espírito e como conciliar tudo isso. Lembrando que esse estudo é um subsídio de uma das lições da ebd.
INTRODUÇÃO
No post de hoje vamos estudar a relação do cristão e a lei. A Carne e o Espírito.
A base do estudo será Romanos capítulo 7. Paulo usou três analogia para relatar o assunto, sendo elas:
- Analogia do casamento;
- Analogia de Adão;
- Analogia da carne versus o espírito.
Muitas perguntas surgem sobre a lei e a graça, como:
Nós como cristãos, temos que guardar o sábado ?
Devemos cumprir todas as leis, embora a estejamos no tempo da graça ?
Essas são algumas perguntas que será respondida nesse artigo.
1 – A LEI ILUSTRADA NA ANALOGIA DO CASAMENTO (Rm 7.1-6)
Vamos dividir esse tópico em três:
- A metáfora do casamento;
- A metáfora da mulher viúva;
- Mortos para a lei
1 – A metáfora do casamento
A bíblia nos mostra que homem nenhum pode ser salvo pela lei, até mesmo aqueles que guardam com zelo e devoção. Mesmo aqueles que já nasceram de novo em Cristo não estão indispensáveis do pecado, mesmo observando a lei.
Paulo insiste desdo capítulo seis a falar a respeito (função) da lei, agora conduz a usar o casamento como uma analogia que contrasta o viver através dos preceitos da Lei e a nova vida com Cristo – Rm 7.1
Paulo usou o casamento para mostrar o nosso relacionado com a Lei. O apóstolo ressalta que o contrato de casamento perde sua validade quando um dos cônjuges morre.
Segundo a bíblia de Aplicação Pessoal – “Ao morrermos com Criso, a Lei não pode mais nos condenar; estamos unidos a Cristo.”
Hoje somos justificados por Jesus Cristo e não pela lei. A lei não é mais condição de salvação, pois a salvação é pela graça, isso não vem de nós, é Dom gratuito de Deus.
“E, por intermédio de Jesus, todo aquele que crê é justificado de todas as faltas de que antes não pudestes ser justificados pela Lei de Moisés.” – Atos 13.39
Em Mateus 5.17 e Romanos 3.31 diz que Cristo veio cumprir a lei, ou seja, Ele se sujeitou debaixo da lei (Gl 4.4).
Vou listar alguns acontecimentos envolvendo Jesus e a lei.
- Jesus viveu em perfeita obediência á lei – Jo 8.46; Mt 17.5; 1 Pd 2.21‑23;
- Foi um ministro da lei aos judeus, limpando os erros que eles haviam introduzido (Lc 10.25‑37);
- Confirmou as promessas feitas aos patriarcas (Rm 15.8);
- Por meio de Sua vida santa e de Sua morte ele cumpriu todos os itens da lei (Hb 9.11‑26);
- Ele nos resgatou da maldição da lei, se fazendo maldito por nós – Gl 3.13;
- Mediante Sua obra, Cristo transportou a todos os que creem, do lugar de servos da lei para a posição de filhos de Deus (Gl 4.1‑7).
Com base nos textos apresentados, fica claro que a salvação não é proveniente a lei, mas, sim da graça de Deus sobre seu povo. Não somos salvos mediante as nossas obras, mas, sim por intermédio da graça alcançada por Jesus. NÃO ESTAMOS MAIS PRESOS A LEI.
2 – A metáfora da mulher viúva
Os versículos 2 e 3 do capítulo 7 de Romanos, concluem a analogia do apóstolo a respeito do casamento. Paulo afirma que vivendo o marido, se a mulher se casar novamente com outro homem, ela será considerada adúltera. Mas, se o marido morrer ela está livre para se casar novamente.
“Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais de outro, daquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.” – Romanos 7:4
A intenção era mostrar que a morte de Cristo na cruz, e os cristãos juntamente com Ele (Ef 2.5,6), rompeu os votos de obediência aos preceitos legais da lei mosaica (Rm 7.4).
3 – Mortos para a lei
A expressão “mortos para a lei pelo corpo de Cristo” é entendida pelos intérpretes como uma referência à morte de Cristo e a nossa identificação com Ele. O biblicista C. Marvin Pate observa que “Paulo usa a analogia da morte de um cônjuge no casamento para ilustrar a morte do crente para a lei, pelo fato de ele estar unido com Cristo (Rm 7.1-6)“.
Precisamos cumprir todas as leis ?
“Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus” (Hebreus 7:18-19). Revogar, neste trecho, significa anular, abolir, ou remover. No mesmo capítulo, ele falou da mudança (ou remoção) da lei (Hebreus 7:12).
Os cristãos não estão “subordinados” à Lei (Gálatas 3:24-25). Mesmo os cristãos judeus, que estavam sujeitos à lei, foram libertados dela (Romanos 7:6). O escrito da dívida foi removido inteiramente na cruz, pois Jesus cumpriu aquela Lei (Colossenses 2:14). Após a morte do Testador, a Nova Aliança tomou seu lugar (Hebreus 8:6-13; 9:15-17).
A razão pela qual a velha aliança não é necessária agora é que uma lei diferente tomou o seu lugar.
- Hebreus 10:9,10 – Jesus removeu o primeiro testamento para que ele pudesse estabelecer o segundo (veja Hebreus 8:6-9; 7:22; 2 Coríntios 3:6);
- Romanos 7:4 – Fomos libertados da lei para que pudéssemos nos unir a Cristo;
- Gálatas 3:24-27 – Não estamos debaixo do aio (a velha lei), porque a fé do evangelho chegou.
Esta mudança ocorreu como resultado da morte de Jesus.
- Colossenses 2:14 – Ele cancelou as primeiras ordenanças, encravando-as em sua cruz;
- Efésios 2:13-16 – Ele aboliu a velha lei através do seu sangue, derramado na cruz (v. 13,16);
- Hebreus 9:16,17 – Como no caso de qualquer testamento, Jesus tinha que morrer para que seu testamento tivesse força.
A velha lei esteve em vigor até que Jesus morresse, então ela foi substituída pela Nova Aliança (veja Gálatas 3:13; Romanos 7:4).
Alguns mandamentos do novo testamento é igual do velho testamento.
Nove dos Dez Mandamentos, por exemplo, são repetidos no Novo Testamento
- 1. Nenhum Deus além de Jeová – 1 Coríntios 8:4; Atos 14:15
- 2. Nenhuma imagem esculpida – Gálatas 5:19-21; Romanos 1:22,23
- 3. Não tomar o nome de Deus em vão – Tiago 5:12
- 4. Lembrar-se do sábado – Este mandamento é o único dos dez que não é repetido em nenhuma parte do Novo Testamento.
- 5. Honrar seus pais – Efésios 6:2,3
- 6. Não matar – Romanos 13:8-10
- 7. Não cometer adultério – Romanos 13:8-10; 1 Coríntios 6:9,10
- 8. Não roubar – Romanos 13:8-10; Efésios 4:28
- 9. Não prestar falso testemunho – Apocalipse 21:8; 22:15
- 10. Não cobiçar – Romanos 13:8-10; Efésios 5:8.
DEVEMOS GUARDAR OS SÁBADOS?
Efésios 2:14-15
“Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um novo homen, fazendo a paz.” Esta passagem mostra que Cristo aboliu a “lei dos mandamentos”. Desde que a guarda do sábado era um destes mandamentos, e não foi incluída no Novo Testamento, não necessitamos guardar o sábado.
Romanos 7:4-7
“Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, e deste modo frutifiquemos para Deus. Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei, operavam em nossos membros a fim de frutificarem para a morte. Agora porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra. Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás.”
Esta passagem claramente diz que morremos para a lei e estamos, portanto, “libertos da lei”. A lei de que Paulo falava incluía os dez mandamentos, porque no versículo 7 ele citou: “Não cobiçarás” como uma das leis. (Veja Nota 2).
Hebreus 7-10
Hebreus 7:12 “Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei.” A lei foi mudada.
Hebreus 7:18-19 “Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou cousa alguma) e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus.” A antiga aliança foi revogada.
Com base nesses versículos, fica claro que não precisamos mais guardar os sábados, pois, Cristo nos resgatou da maldição da lei – Gl 3.13. Se houvesse uma necessidade para guardar o sábado, como as pessoas eram salvas quando não havia as leis ? Como Adão, Abraão, Isaque e Jacó, etc. ?
2 – ADÃ O ILUSTRADO NA ANALOGIA DA SOLIDARIEDADE DA RAÇA (Rm 7.6-13)
Vamos dividir esse tópico em três:
- De volta ao paraíso;
- Lembranças do Sinai;
- A lei dada a Adão.
1 – De volta ao paraíso
Paulo considerava Adão o cabeça e o representante da humanidade. A sua Queda levou todos os homens a caírem com ele. Aqui o objetivo do apóstolo é vincular a desobediência de Adão à humanidade. Adão pecou, logo todos pecaram.
Uma leitura cuidadosa de Romanos 7 a 11 mostrá a relação entre os acontecimentos de Gênesis 3.
Por exemplo, a expressão não “cobiçarás” é uma alusão a Gênesis 3.1-6. Por outro lado, as palavras de Paulo “eu vivi sem lei” (Rm 7.9), só têm sentido se aplicado na vida de Adão, pois Paulo como fariseu e judeu que era vivia a lei desde a infância (2 Tm 3.15).
Aqui Paulo, como ser humano, se via em Adão. As expressões “eu morri” e o “pecado me enganou” ganham paralelo com Gênesis 2.17 e 3.13.
Hoje podemos ir até o paraíso por intermédio de Jesus, veja esse posts – O Destino final dos Mortos
2 – Lembranças do Sinai
Vou transcrever que está na revista.
Outra razão, no entendimento de muitos intérpretes da Bíblia, que levou o apóstolo a se ver em Adão está na crença judaica de que o primeiro homem viveu os princípios da Torá (lei), mesmo tendo existido muito antes da sua promulgação no Sinai.
De fato, essa é uma crença muito bem documentada na literatura rabínica. Filo de Alexandria, filósofo judeu, por exemplo, dizia que a cobiça, pecado praticado por Adão no paraíso, era a raiz de todos os males.
3 – A lei dada a Adão
O fato é que Adão estava debaixo do mandamento, da ordenança de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.17).
A intenção do apóstolo é fazer um paralelo entre o Paraíso e o Sinai, entre a lei de Moisés e a ordenança que foi dada a Adão.
O mandamento que foi dado a Adão para trazer vida se converteu através da ação da antiga serpente, personificação do Diabo, em morte. Da mesma forma, a Lei de Moisés que foi dada para trazer vida, mas o pecado, como personificação do mal, a transformou em um instrumento de morte.
3 – O CRISTÃO ILUSTRADO NA ANALOGIA ENTRE CARNE E ESPÍRITO (Rm 7.14-25)
Vamos dividir esse tópico em três:
- A santidade da lei;
- A malignidade da carne;
- A velha natureza.
1 – A santidade da lei
Um interlocutor atento poderia argumentar que o apóstolo Paulo estaria desqualificando a Lei, reduzindo-a a algo extremamente mal. Paulo se adianta e responde: “Assim, a lei é santa; e o mandamento santo, justo e bom” (Rm 7.12).
Não há nenhum problema com a Lei. A Lei é boa e seu propósito também. O problema, portanto, não estava na Lei, mas naqueles que se regiam por ela. Como o apóstolo já havia argumentado, o problema estava dentro do homem, o pecado que habitava nele, e não na existência de uma lei externa (Rm 7.18).
2 – A malignidade da carne
Não há dúvida que todo cristão entende bem essas palavras de Paulo em Romanos 7.22,23. Essas palavras revelam o conflito entre a nossa nova natureza em Cristo e o “velho homem ” residente em nós.
É a guerra entre a carne e o espírito. A quem essas palavras de Paulo se destinam? 0 contexto parece não deixar dúvidas de que Paulo tinha em mente os crentes que, pelo fato de serem cristãos, acreditavam que poderiam viver vitoriosamente sem o Espírito Santo.
Embora Paulo tenha deixado para tratar sobre o ministério do Espírito Santo no capítulo 8 de Romanos, ele já chama aqui a atenção para o viver “em novidade do Espírito” (Rm 7.6) como forma de vencer as inclinações da carne.
3 – A velha natureza
Nossa antiga natureza está constantemente tentando rebelar-se contra Deus. Não temos com o lutar contra o pecado usando a nossa força. 0 Espírito Santo, que habita em nós, ajuda-nos a vencer a velha natureza.
Post – Devemos ainda guardar as leis e o sábado? – Lei, Carne e o Espirito
Tags – Guardar os sábados, escola bíblica dominical, justificação pela graça, devemos guardar ainda as leis.
Eu estava muito interessado, mas por alguns
absurdos, e equívocos sobre a lei do sábado, pois paulo e outros discípulos da a entender que eles quebram as suas raízes, princípios eternos de repeito as leis que são princípios eternos que lhe fora confiados e ordenados pelo seu próprio Dus despreza não da para aceitar me desculpe seu entendimento e puramente equivocado ao meu ponto de vista. todos nos somos sustentados pelas leis do eterno porque nós mostra justiça e e um mandamento eterno.
aconselho fortemente que você leia a primeira frase deste estudo.